domingo, 13 de março de 2011

Tragédia no Japão - Cinturão de Fogo do Pacífico

Todos sabem que o japão é formado por dezenas de ilhas e fica no cinturão de fogo no pacífico, portanto, é uma região à terremotos frequentes e tsunamis. Veja a foto ao lado.

Desfibradora de sisal so Faustino

O criador Faustino, em convênio com a GITEC/UFBA, aperfeiçoa a desfibradeira de sisal para uso na região sisaleira.

O equipamento dá mais segurança ao trabalhador e definitivamente deixará de ter acidentes do trabalho envolvendo perda de mão e braço, pois o sistema exige menor esforço físico do trabalhador.

Veja a foto da máquina:

Homenagem à Faustino, criador da máquina de sisal


Mais segurança na produção de sisal
Nova máquina reduz riscos de acidentes entre trabalhadores rurais
Juliana Kirihata, iG São Paulo | 03/04/2010 09:00


Um novo equipamento para retirar fibras do sisal promete mudar o cotidiano de trabalhadores rurais da Bahia. A nova máquina, batizada de Faustino, traz maior segurança para os operários, reduzindo drasticamente os ricos de mutilação. O equipamento também exige menor esforço físico do trabalhador, consome menos combustível e traz maior rendimento.

Foto: Divulgação Ampliar

Ilustração da Faustino, máquina que reduz riscos de acidentes no campo

Com sua primeira versão produzida pelo mecânico Faustino Santos há mais de três décadas, a máquina foi aprimorada nos últimos dois anos com a ajuda do Grupo de Inovação Tecnológica da Universidade Federal da Bahia (UFBA/Gitec). Batizado de Faustino em homenagem a seu criador, o equipamento faz com que a folha desfibrada volte sozinha, o que permite invertê-la sem que seja necessário colocar a mão dentro do equipamento.

O mecânico Faustino, que procurou apoio desde 1977 quando fez o primeiro protótipo da máquina, comemora a evolução do projeto. “Espero ter criado algo que seja útil para as pessoas”, diz. Segundo ele, no começo foi difícil conseguir apoio para levar adiante seu sonho de produzir a Faustino. “Naquela época, só faltou procurar o Papai Noel”, diz.

A partir de 2007, o projeto recebeu investimentos de diversas instituições, entre elas a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para o diretor de inovação da Fapesb, Elias Ramos, além do financiamento, o encontro do inventor com a academia foi fundamental para o aprimoramento da Faustino.

Desde a primeira versão, o equipamento sofreu várias alterações. Para atender melhor às necessidades do trabalhador, a equipe da UFBA visitou as cidades de Valente e Santa Luz, que fazem parte da região sisaleira, para coletar informações e fazer entrevistas. “O interessante dessa máquina é que nos preocupamos em não alterar significativamente o tipo de processo feito pela Paraibana (máquina tradicional)”, afirma o professor Armando Ribeiro, coordenador do estudo.

Primeiros equipamentos poderão ser distribuídos gratuitamente

Hoje estão sendo confeccionadas 200 máquinas Faustino. No total, foram investidos R$ 2,6 milhões no projeto. A expectativa é que os equipamentos sejam distribuídos, gratuitamente, na região sisaleira, até setembro deste ano.

Ribeiro destaca que o produto tem grande potencial de comercialização. “Já existe o interesse, inclusive, de um produtor no Pará que gostaria de adaptar a máquina de sisal para a utilização em outras culturas”, diz ele. Porém, de acordo com Faustino Santos, ainda não há previsão de vendas do produto. “Vamos terminar de produzir essas primeiras máquinas para depois avaliar essa possibilidade”, afirma.

Segundo Ribeiro, o custo da máquina nova é cerca de 40% maior do que o Paraibana. “Mas não há como comparar, porque a Paraibana não deveria nem existir”, diz, lembrando o alto risco de mutilação que os trabalhadores enfrentam com o equipamento tradicional.

O Estado da Bahia é o principal produtor nacional de sisal. As fibras da planta são utilizadas na indústria automotiva, de móveis e eletrodomésticos, na construção civil e em artesanato. Segundo dados da UFBA, a cultura de sisal gera a renda que possibilita a sobrevivência de aproximadamente 700 mil pessoas na Bahia.